segunda-feira, 19 de maio de 2008

Impressões do díspar (Amazônia)

Como não falar de Manaus?
Como não falar do Negro,
sua imagem e semelhança?

Das cores do feio?
Da criança com a cobra,
Dos seus encontros?

O espontâneo.

Do que é profuso?
Do que era chuva
e o que era riso?

Como não falar da gente?
O Caboclo de igapó.
Velho forte, todos.
Gente de esperas, de água doce.
A sua grandeza.

Como não falar do úmido?
Da umidade que pesa?
Porque sim, a Amazônia é pesada.
Sensível aos ombros.
É para poucos.
Como se carregasse o mundo.
E talvez o carregue.
Equilibrando-o.